No passado fim de semana a equipa Juvenil da AAC, a única equipa de Coimbra com equipa Juvenil inscrita no campeonato Nacional, participou na fase intermédia do Campeonato Nacional após ter conseguido passar a fase Regional.

Os objectivos já tinham sido conseguidos, isto é, passar à segunda fase do campeonato Nacional de Juvenis masculinos. Não esquecer que foi a primeira vez que uma equipa de Coimbra conseguiu formar uma equipa neste escalão - as anteriores equipas nos escalões de formação foram sempre de equipas no escalão acima, Juniores. Ao passar à fase seguinte, conseguiu também um segundo objectivo, dar mais jogos oficiais aos seus jovens atletas. Este ponto é muito importante, pois este grupo formou-se há mais um menos dois anos e meio com atletas que não vieram das escolas de natação, com excepção de um atleta, e têm treinado sem conseguirem aplicar com regularidade o que aprendem nos 3 treinos por semana que realizam (terça, quinta e sábado). Poucos são os jogos oficiais, pois não há competição neste escalão a nível da região de Coimbra, onde possam mostrar o que treinam.

Sabia-se à partida que as equipas com quem a jovem equipa da AAC ia jogar são equipas com grande tradição no pólo aquático Nacional (CDUP e Fluvial), com alguns dos seus jogadores já convocados para o escalão sénior das suas equipas - ambas militaram este ano na primeira divisão, ao passo que a re-surgida equipa sénior da AAC nem na 2ª divisão participou. Para além destas duas equipas, ia voltar a encontrar o Sporting, com quem tinha perdido 13-1 na fase regional, equipa já com muitos anos de formação mas que ainda não conseguiu resultados relevantes a nível do pólo aquático nacional. Apesar disso, têm vindo a realizar um trabalho sério e continuado nas suas camadas mais jovens. Devido a isto tudo, não era de esperar vitórias nos jogos a realizar, mas sim um fim de semana em que iriam aprender com equipas muito mais fortes e tentar dar a maior réplica possível.

Os resultados, como esperados, foram muitos desnivelados com todas as equipas. AAC 0 - 32 CDUP; AAC 0 - 23 Fluvial e AAC 3 - 22 SCP. Mesmo sabendo que as outras equipas eram mais fortes, o treinador Paulo Tejo, pretendia dar alguma luta, principalmente contra o SCP. Tal não veio a acontecer.

Segundo o treinador da AAC, estes foram os piores jogos de sempre da equipa Juvenil. Considerou que eles jogaram desconcentrados, pouco empenhados nas tarefas e ajudas defensivas e atacaram ainda pior. Para além de não conseguirem contrariar as defesas pressionantes das outras equipas, atacaram de forma estática e individualista, perdendo constantemente a posição defensiva na transição ataque defesa, que proporcionou inúmeros contra-ataques que acabavam invariavelmente em golo. Apesar de tudo o treinador da AAC comentou o desastroso fim de semana com:

“Espero que isto sirva de lição aos meus jovens jogadores, a grande maioria é infantil e ainda tem mais 2 anos neste escalão, e que precisam de mudar a sua atitude nos treinos e nos jogos. Que só tendo uma postura mais séria nos treinos e jogando em equipa é que conseguiremos ser competitivos a este nível.”

Não foi só a nível de atitude competitiva que houve diferenças entre as equipas, houve grande diferença em termos de preparação física e de idades. Grande parte dos jogadores contra quem a jovem equipa Juvenil da AAC jogou, iniciou muitos há muitos anos a introdução à natação e ao pólo aquático, justificando as grandes diferenças encontradas em todos os capítulos do jogo. 

Ao contrário do que possa parecer, isto não desculpa a AAC, bem pelo contrário, só tem que a motivar a exigir mais qualidade de treino, mais dedicação, mais tempo de treino (para estes e mais novos), porque sem isso é impossível acompanhar estas equipas que regularmente são consideradas das melhores ao nível da formação em pólo aquático nacional.

Por último, gostava de deixar uma palavra para a excelentes condições que a piscina do Fluvial tem para a prática tanto de pólo aquático como de natação.