No passado fim de semana, dias 28 e 29 de Março, a jovem equipa Juvenil da Pólo Aquático da AAC participou na 1ª fase Zonal do campeonato Nacional, integrada na Zona Centro, juntamente com as equipas da Amadora, Sporting, Arsenal 72 e Búzios (Coruche). Sabendo que a equipa Juvenil da AAC é constituída por 5 juvenis (só um deles de último ano), 8 infantis e um cadete, não havia grandes expectativas de ganhar o grupo, mas sim de apuramento para a fase seguinte para assim conseguir realizar o maior número de jogos. Dos 14 atletas convocados, apenas 2 tinham alguma experiência em jogos oficiais, sendo praticamente a estreia em jogos oficiais para toda a equipa.
O calendário de jogos era muito complicado, pois a par com a Amadora, eram as únicas equipas que realizavam 3 jogos no primeiro dia (do total de 4 jogos), e para ainda maior infelicidade da equipa, realizavam os 3 jogos num espaço de tempo compreendido entre as 11H00 e as 18h30 (hora do término do último jogo do primeiro dia). Sabendo à partida desta desvantagem, era necessário iniciar bem a Fase Zonal com a suposta equipa mais fraca do grupo, os Búzios.
Sábado, 28 de Março
Piscinas de Vila Franca de Xira
1ª jogo: AAC - 13 x Buzios – 5 (11H00)
(2-1; 5-2; 3-1; 3-1)
Este primeiro jogo, e curiosamente a primeira vitória a nível de Juvenis de sempre da AAC, foi marcada pelo muito nervosismo e inexperiência de um primeiro jogo, mesmo assim, foi evidente a boa atitude e rigor defensivo dos jovens jogadores. Muito devido à inexperiência, foi evidente alguma desorganização ofensiva mas que não impediu que a equipa ganhasse todos os períodos e no final não houvessem quaisquer dúvidas de quem tinha sido a melhor equipa em campo. É de salientar que houve uma grande rotatividade por parte dos jogadores da AAC, não alterando em nada o rumo do jogo, nem a qualidade do jogo.
2º jogo: Amadora - 37 x AAC - 2 (14:30 Horas)
(6-0; 13-0; 6-2; 12-0)
Este foi um jogo com pouca história. A equipa da AAC teve pela frente uma séria candidata aos primeiros 4 lugares nacionais (a par do Portinado, Fluvial, CDUP e Gespaços). O resultado traduziu o que se passou em campo, uma equipa, da Amadora, com muito maior experiência de jogo, que realizou uma pressão a campo inteiro o jogo inteiro, impedindo que os jovens e inexperientes jogadores da AAC conseguissem jogar e respirar. O resultado foi-se avolumando ao longo dos períodos, aproveitando o treinador da AAC para rodar o seis inicial a cada período, dando assim oportunidade a todos os jovens jogadores da AAC de ganharem algum ritmo competitivo e jogarem com uma das melhores equipas do seu escalão. De realçar o espírito extremamente competitivo da equipa da Amadora que pouco rodou o seu seis inicial, jogando o jogo praticamente todo com os mesmo jogadores, que se traduziu nos números expressivos da sua vitória.
3º jogo: AAC - 7 x Arsenal 72 - 14 (17:30 Horas)
(? - ?; 4-2; 0-3; 3-9)
Este foi o jogo mais complicado da jovem equipa Juvenil da AAC. Não só teve pela frente uma equipa que se veio a revelar ao seu nível, como ainda teve que lutar contra o cansaço extremo provocado pela realização do seu terceiro jogo em menos de 6 horas da AAC. Em contra partida, o Arsenal 72 realizava o seu segundo jogo e tinha realizado o seu único jogo ainda antes do segundo jogo da AAC. Mesmo com estes contratempos, a equipa da AAC começou melhor o jogo, mas desde cedo, logo no primeiro período, que alguns dos seus atletas vieram a queixar-se de cãibras, exaustão e até de náuseas. Para piorar a situação já complicada, o central titular ficou excluído com 3 exclusões no final do primeiro período. O resultado a meio do jogo, 4-2 a favor da AAC, demonstrava não só a qualidade dos jogadores da AAC como a sua atitude competitiva enquanto tiveram forças que começaram a faltaram a partir do terceiro período. Neste período, o Arsenal aproveitou para dar a volta ao resultado, marcando 3 golos sem resposta. Os jovens e esgotados atletas da AAC ainda tentaram contrariar, empatando o jogo na primeira jogada do tquarto período, com um grande golo de pivot de Nuno Morais (irmão mais novo de António Morais, antigo jogador de pólo de Coimbra), mas depois o cansaço extremo venceu, traduzindo-se no final do período por uns claros 9-3 a favor do Arsenal 72. O resultado de 7- 14, favor do Arsenal, é extremamente injusto e enganador, disse Paulo Tejo treinador da AAC: “em condições normais dificilmente perdíamos o jogo”.
Domingo, 29 de Março
Piscinas de Vila Franca de Xira
4º (e ultimo jogo): Sporting CP - 13 x AAC – 1 (10H00)
Este ultimo jogo estava condicionado à partida pelos resultados dos jogos dos dias anteriores. O Sporting tinha ganho de forma clara ao Arsenal (20-6), provocando algum receio inicial aos jovens jogadores da AAC. É de referir que a equipa do Sporting tem participado em muitos mais jogos de Campeonatos Nacionais e Regionais (não só este ano como em anos transactos) de Infantis e Juvenis, o que lhes confere uma maior experiência. Apesar de tudo, a equipa da AAC mostrou conseguir disputar, por alguns períodos, o jogo com o Sporting, perdendo o primeiro período por 1-0 e o segundo período por 2-0. Esta boa replica, deveu-se muito a uma excelente postura colectiva, especialmente defensiva e um gradual aumento da confiança com o decorrer do jogo. No terceiro período, mesmo contra a vontade dos jogadores menos utilizados do banco pois viam que os seus colegas da equipa inicial estavam a dar excelente replica ao Sporting, o treinador da AAC trocou o seis inicial para continuar a dar aquilo que estes jovens jogadores necessitam: experiência em jogos oficiais. Foi neste período que o Sporting aproveitou para se distanciar no marcador, marcando mais golos (7) que a soma dos que marcou nos outros 3 períodos. No ultimo período, com o seis inicial de volta ao campo, a equipa da AAC voltou a mostrar alguns argumentos para disputar, no futuro, os jogos com o Sporting, perdendo o período por 3 bolas contra 1.
É de realçar o mau comportamento ofensivo protagonizado pela equipa da AAC neste jogo, desperdiçando 8 situações de superioridade numérica, que se tivessem sido melhor aproveitadas, traduziriam um resultado final mais justo com o que se passou durante todo o jogo.
O balanço final desta primeira participação num Campeonato Nacional Juvenil, Fase Zonal, é extremamente positivo por diversos motivos:
- A equipa mostrou que está a fazer progressos, que mesmo sem ou com muito pouca experiência consegue disputar os jogos com outras equipas mais experientes e que já têm formação há bastante tempo. Não esquecendo que ainda muito têm que progredir se quiserem atingir o nível de equipas como a da Amadora, com quem jogou e perdeu por uns claros 37-2.
- A classificação final foi a de 4º lugar, com sabor amargo pela derrota sentida como injusta contra o Arsenal 72 – muito por culpa da calendarização, mas que mesmo assim permitiu o apuramento para a fase seguinte do Nacional. Fase seguinte que apenas são apuradas as 12 melhores equipas Nacionais e onde vai ter oportunidade de realizar mais jogos, com as melhores equipas Nacionais e ter oportunidade de aprender e melhorar.
- Sendo a equipa constituída por apenas um Juvenil do 2º ano, todos os outros jogadores da AAC, permaneceram neste escalão mais 1 a 4 anos, o que cria maiores expectativas em relação à evolução destes jogadores tal como dos resultados que possam vir a conseguir nas futuras participações.
- A participação é o fruto de praticamente 3 anos de trabalho, trabalho este realizado em condições deficitárias, o que leva a questionar sobre o potencial da equipa e o que ela poderia e ainda poderá atingir se lhes fossem concedidas melhores condições de treino. Só com a melhoria das condições de treino disponibilizadas se poderá almejar atingir o nível das melhores equipas nacionais (CDUP, GESPAÇOS, PORTINADO, FLUVIAL, CPN, SALGUEIROS, AMADORA). Mesmo com este e outros problemas, foi uma excelente motivação para a jovem equipa Juvenil AAC, já ansiosos pelos próximos jogos da fase intermédia do campeonato Nacional de Juvenis a decorrer em Junho.